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quarta-feira, 30 de março de 2016

WTM - World Travel Market



Trabalhar em uma feira de eventos pode ser muito cansativo, porém é gratificante. Ontem, participei da grande evento intitulado “World Travel Market”. Esta feira ocorre todos os anos e traz os mais diversos profissionais de turismo do Brasil e do mundo. Stand de Israel com um réplica do muro das lamentações, o da Cappadocia na Turquia com telões de LED mostrando a cultura do local, o de Taiwan com uma apresentação da “Dança do Leão” tradicional no país e muito mais que despertavam curiosidade dos visitantes. Muitas pessoas com trajes típicos também desfilavam altas tonalidades de cores por toda a feira. Muitos visitantes e profissionais de turismo passam nos stands procurando parcerias com as grandes empresas. Nossa tarefa é direcioná-los para a ala da empresa com que ele possa fazer negócio. Se é um estudante é apresentado a empresa, o produto que encaixa no seu perfil e onde ele pode obter mais informações. Se alguém deseja fazer parceria é indicado um dos departamentos responsáveis.

Dança dos Leões no Stand de Taiwan

Em apenas um dia de feira muitos já compareceram ansiosos para obter as mais diversas informações, e isto tende a aumentar, pois ainda temos mais dois dias. A WTM ocorre desde ontem, 29 de março e vai até amanhã dia 31. Jornalistas, youtubers e blogueiros também passam pelos stands colhendo informações para suas matérias, patrocínios inclusive. Além de stands com foco em países a serem visitados, muitas operadoras turísticas, portais, companhias aéreas e empresas com foco online também estão presentes para atender a todos.

Aprendizado

A experiência é muito bacana, pode-se treinar argumentação para vendas, formação de matérias (nosso blog que o diga), conhecimento de culturas, e até um aprendizado muito maior sobre a empresa e as demais. Ganha todo mundo que participa, além disso o local possui uma extrutura fascinante. Vale a pena!

Visite a WTM

Expo Center Norte
Rua: José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme, São Paulo/SP
12h às 20h – Quarta-Feira (30/03)
12h às 18h – Quinta-Feira (31/03)

Telefone: (11) 2222-5959

quarta-feira, 23 de março de 2016

Jeitinho brasileiro - o mal da sociedade


Quer fazer algo legal em São Paulo? Uma boa sugestão é andar de metrô saindo da estação República por volta das 17h30 ou 18h. Vai ser bastante divertido, acredite. Basta se posicionar na plataforma em que o vagão abrirá a porta e ficar parado por ali, parado mesmo, você será conduzido brilhantemente por pessoas felizes e carismáticas a entrar no forno, quer dizer, vagão.

Traduzindo:

Não é nada legal andar de transporte público no fim da tarde paulista. Todas as pessoas que trabalham, em geral costumam sair este horário para ir direto para suas casas. Já que saem neste período, o fluxo de pessoas é muito maior do que no horário do almoço ou começo da tarde, ou seja, os trens do metrô são lotados e se você estiver parado na plataforma você é levado (empurrado) para dentro do vagão pois há muita gente para entrar. Para quem não conhece a estação República vou contar um pouco sobre o seu funcionamento no horário de pico.

A cada quatro trens que ali passam dois abriram suas portas na estação Barra Funda (a primeira da linha), um passará direto para abri-las apenas na estação Sé (outra bastante caótica) e um vai abrir exatamente ali, ou seja, estará totalmente vazio. Isso não é um manual prático de sobrevivência que está exposto na estação não, é a rotina que me fez perceber isto me ajudando a sobreviver dia após dia. Como há pessoas que estão rotineiramente fazendo o mesmo percurso diário, muitos sabem disto.



Entendida esta história vamos começar nosso post...

As pessoas não sabem esperar, fato. Procuram furar a fila, dar uma de esperto (a), de coitado, de bom trabalhador... etc. Lá na estação há umas barreiras de ferro que indicam que você deve aguardar o trem ali, naquele exato local, e ao lado delas fica um espaço para quem estar no trem sair de dentro dele, óbvio. A questão é que quando alguém desce as escadas e vê uma multidão aguardando o trem na “fila”, logo procura um jeito de burlar a espera e vai para o local aonde não deveria (porque esta pessoa é especial, ela trabalhou o dia inteiro, precisa chegar antes em casa e descansar e mora em Tão Tão Distante e blá, blá, blá...) Por que esta pessoa é mais especial do que as outras? Quando o trem vazio se abre é instaurada a 3ª Guerra Mundial, pois todos entram nele e este já fica cheio na primeira estação. Todos querem sentar, é um empurra-empurra geral. - Os “espertinhos” foram antes, então eu vou nesse de qualquer jeito – são os prováveis diálogos.

Se há um horário para começar um evento este deve ser seguido.
Se há uma fila para ali organizar as pessoas esta deve ser seguida.
Se há uma lei para um ato cometido esta também deve ser seguida.

Burlar as regras chama-se dar o famoso jeitinho brasileiro... Uma pena. Uma atitude diferente no dia a dia e mudamos isso. É começando aos poucos que se faz uma grande mudança, ou uma nova história. E não é papo de alguém que quer fazer um discurso bonito, é apenas querer sair da rotina.

O que leva as pessoas a achar que são melhores que as outras?
Todas não estão no mesmo barco? (ou melhor, trem)...


Te encontro no próximo embarque o/

segunda-feira, 21 de março de 2016

Diferenças - Expressões de São Paulo

Em um dos trabalhos de Produção de Texto da universidade, escrevi uma crônica que compartilho agora com vocês. Com base em uma das melhores viagens que já fiz e que em breve contarei aqui no blog, comparei a grandiosa São Paulo com... tentem adivinhar!

São Paulo, Março de 2016. Vista de edifício da região do Jardim Paulistano, zona sul
DIFERENÇAS

De manhã bem cedo, às seis da manhã, o sol já bate em minha janela. Quando acordei lá, eram mais de oito horas e nem via o sol direito, nem buzina escutava, o trânsito mal existia. A neve ousava em cair, bem fina, quase não dava para perceber à beira daqueles quatro graus gelados bem definidos. Era tão diferente, experiência tão única que um jovem de dezoito anos poderia ter.

Aqui não se conhece o significado de pontualidade, lá isso era tão incrível. Meu bilhete marcava um horário tão estranho. O que seriam aquelas dez horas e quatro minutos? Exatamente naquele horário as portas se abriam para a minha viagem iniciar sobre aqueles trilhos, o painel até avisaria se houvesse atraso. Painel? Isso nunca vi por aqui! Tenho sempre que calcular o atraso do trem ou o tempo parado no trâsito infernal para saber que horas chegarei ao meu destino.

Se lá é o antigo continente, porque seria mais evoluído que aqui? Não se pode entender. É tão interessante um transporte público ser gratuito, até porque se tem a expressão “público”, ao menos deveria ser gratuito, mas isso eu não conhecia até então, e o melhor de tudo é que se usa este tipo de transporte para ir ao trabalho. Achei o máximo, mas se pensar, deveria ser algo normal, eu só não estou acostumado mesmo.

Perguntei ao senhor Franco o por quê de tudo lá ser multiplicado por quatro, uma vez que o território é tão pequeno. Se eu quisesse um café tinha que multiplicar por quatro para saber o valor a se pagar com o senhor Real, se eu quisesse falar tinha que saber um dos quatro idiomas e como eu já disse até a temperatura beirava os quatro graus, e ainda por cima os quatro minutos era necessário para a pontualidade do trem.


Em minha terra tudo o que eu queria era poder sair de casa com uma única roupa, mas tenho que levar uma para cada estação do dia. Seria legal ir sentado no transporte público, mas se paga para andar a pé. Melhor ainda foi ver aquela cidade limpa, não havia um papel jogado na rua, enquanto aqui prefiro nem comentar. Querida Berna Suíça, vem logo pra São Paulo, ou eu volto para ti!

Te encontro na próxima viagem! o/

sexta-feira, 18 de março de 2016

O papelão da Bela Cintra

O papelão da Bela Cintra
Foto ganha destaque em trabalho de fotografia cuja categoria são formas geométricas.
Mais um dia de aula na universidade e a temível entrega de um trabalho de Fotografia. “Vale nota?”, “É pra enviar até quando?”, “Será que ela (a professora) vai aceitar fora do prazo?” estas e outras tantas perguntas não paravam de surgir antes do dia chegar. Mas ele chegou e é hora de ver o resultado. Primeiro aquele baque de saber que valia 7,0 pontos logo de cara para um primeiro trabalho sem experiência alguma com a matéria, em seguida ver que eu havia tirado 5,0 pontos. Está bom, afinal eu fiz o trabalho em menos de 30 minutos (professora já te falei que você é linda? Não leia isso, obrigado, de nada), isso aconteceu por que o trabalho consistia em tirar 12 fotografias com o tema “Minha Rua” e eu só me lembrei no dia da entrega. Eram 12 fotos divididas em 6 temas de acordo com a matéria, duas de cada tema.

Eu já havia saído de casa com destino a Rua da Consolação, e quando lembrei do trabalho já estava quase chegando. Caminhava pela rua Bela Cintra quando peguei o celular e andando mesmo comecei a bater fotos de tudo o que via, e depois eu faria a classificação de acordo com os temas para enviar por e-mail para a professora. Em minha concepção as fotos estavam boas ainda mais para um trabalho feito em cima da hora e sem nenhum preparo. Prédios espelhados, ruas arborizadas, pontos de ônibus bem focalizados, e até composição de luz e sombras tinha. Cheguei, nomeei os arquivos e enviei. No dia da aula, a professora iria apresentar as melhores fotos de cada um de acordo com o tema. Eu estava confiante.

Passou o tema um, várias fotos interessantes, tema dois e mais fotos bonitas, coloridas e tudo mais. Chegou o tema três: formas. Aparece meu nome e a fotografia escolhida é a de um papelão. Oi? Professora, isso tá certo? De fato eu havia tirado a foto de um papelão na pressa, mas dentre 12 fotos e aparentemente 11 boas ela escolheu a do papelão para mostrar pra turma? Não acreditei, mas... ainda recebi ponto positivo, pois a ideia do trabalho não era o que fotografar, mas o como fotografar. Bom, fotografia é assim mesmo te surpreende e tudo pode ser fotografado, ponto para todos nós.

Apesar de não desprezar mais a fotografia do papelão, não é justo a rua Bela Cintra que tão famosa e arborizada seja representado por ele, afinal eu ando muito por ela. Então aqui vai nossa singela homenagem.

A história da rua

Bela Cintra na década de 20

Por volta do século XVIII, Bela Cintra era o nome de uma chácara localizada no mesmo logradouro. Em 1880, as terras foram adquiridas e uma colônia de portugueses foi instaurada. Poucos anos depois o local passou a fazer parte da malha ferroviária da cidade. Em 1916, agora já como rua, o nome Bela Cintra é oficializado.

Localizada no distrito de Consolação, tendo início na Rua Estados Unidos e terminando junto à Rua Antônia de Queiroz. Entre ladeiras e descidas a rua guarda muita história de famílias de várias nacionalidades que ali já habitaram.

Bela Cintra na década de 30
Depoimentos

Nossa casa de tijolos a vista e lírios amarelos era maravilhosa. Uma árvore Sibipiruna cheia de taturanas enfeitava a frente dela. Tempos estupendamente felizes. Tenho até hoje, guardado em minha memória olfativa, todos os cheiros da infância. (...) Como era mão para subir, a velocidade era reduzida, então havia tempo de corrermos! (…) Morei ali até 1972. Tempo em que vizinhos eram amigos, as pessoas tinham o hábito do respeito, havia educação, ninguém fazia da rua uma grande lata de lixo... Tudo isso apesar da ditadura militar!” - Maria Aparecida Cunha para o São Paulo Minha Cidade.

(…) pois, mesmo com poucos carros e pessoas na década dos 30, a Bela Cintra tinha uma vivacidade inesquecível, com muitas coisas boas e belas para todos seus moradores”. - Hebe Lage para o São Paulo Minha Cidade.

Representa a minha vida, meu endereço sempre foi esse desde que nasci, e sinceramente não consigo me imaginar em outro lugar. É a rua mais bonita dos Jardins. Se essa rua pudesse falar, muito teria o que dizer sobre mim, mas uma situação engraçada foi descer correndo debaixo de um dilúvio dividindo o guarda chuva com meu amigo, acho que foi a cena mais engraçada que já presenciei na minha vida. O tempo é nosso professor”. - Simone Melo

A Simone Melo, minha amiga pessoal e moradora da B.C., ainda destaca seu lugar favorito da rua “Sem dúvidas a padaria La Bella, quando você entra nela consegue sentir aquele cheirinho de café que eu tanto gosto. Eles fazem o melhor pão na chapa com requeijão que já comi em toda a minha vida Tudo é feito exatamente como você pede, e eu sempre peço meu pão com requeijão queimadinho em cima. E tem aquela infinidade de doces e de pães de vários tipos. A padaria daqui é onde mais vou e a que eu mais gosto.”

Após esta viagem no tempo, te espero para a próxima o/

quarta-feira, 16 de março de 2016

Barakiah - Uma de presunto com catupiry, por favor

Até agora não tivemos nada falando sobre comidas, certo? Então, hoje isso acabou, vamos falar sobre um local que me deixa com água na boca. Pelo menos, eu sempre saio de lá muito satisfeito. Este lugar chama-se Barakiah.


Por dentro do Barakiah
Fundando em 2007, o Barakiah é um dos únicos locais abertos à noite no bairro do Pari, zona norte de São Paulo. Pequeno e próximo ao Brás, já mais conhecido, o bairro pode considerar-se uma região de esfiharias, as únicas opções para sair com a família e amigos. Sempre que tem um aniversariante na minha família, o Barakiah sempre é cogitado e em quase 100% das vezes escolhido. Os meus de 12 e 18 anos foram comemorados lá, isso que eu me lembre, podem ter tido outros. Muita gente da família mora ou já morou no bairro, então já virou um lugar de carteirinha para festividades.

Com um ambiente calmo e tranquilo, aqui você vai encontrar esfihas, hambúrgueres, doces, beirutes e muito mais, tudo em altíssima qualidade e sabor inigualável. Desde a primeira vez eu escolho a mesma esfiha: presunto com catupiry. Quem não ama presunto ♥? Quem não gosta de catupiry ♥? É a combinação perfeita. É claro que há variedades de sabores, mas no meu pedido sempre vai ter essa, é a melhor. Ok, acho que já deu pra entender. Eu já contei que o recheio é enorme e que o diâmetro é de 15cm? Aos gulosos de plantão, já deve ter dado água na boca, mas esta informação está no site do local. Mesmo antes de saber disso é nítido que as esfihas daqui são altamente tops.


As esfihas são enormes e bem recheadas, o diâmetro chega a 15cm.

Voltando ao Pari, além do Barakiah, o bairro possui o Rei das Esfihas, uma lanchonete de mesmo modelo, porém já há mais tempo no bairro, bem mais tradicional. Ambas ficam perto uma da outra, mas recomendo o Barakiah, por ter um ambiente mais descontraído. De qualquer forma, as duas possuem os mesmos cardápios praticamente. O acesso ao Pari eu considero um pouco complicado, pois são pouquíssimas opções de ônibus e não há nenhuma linha de metrô próxima, ainda assim se você tiver de carro vale a ida, afinal a esfiharia salva o bairro. Em 2014, o Barakiah abriu uma filial na Vila Guilherme. 
- Uma de presunto com catupiry, por favor!

Unidade Pari
Rua Coronel Morais, 396

Unidade Vila Guilherme
Rua Jacuna, 339

Rei das Esfihas
Rua Dr. Ornelas, 58

Para não ficarmos somente na opinião deste humilde blogueiro iniciante, o local apresenta uma nota de 8,4 no Foursquare e os comentários são de muitos elogios.

Observação: NÃO TEM FOTO DA ESFIHA DE PRESUNTO COM CATUPIRY NAS REDES SOCAIS OFICIAIS DO BARAKIAH :'( PORTANTO ESTE POST FICARÁ SEM A FOTO DA MELHOR ESFIHA DO MUNDO. (Conheça pessoalmente a degustando huuuuum)

Te encontro na próxima viagem o/

segunda-feira, 14 de março de 2016

Eurostar - um gigante dos trilhos

14 de novembro de 1994, nesta data iniciaram-se as operações do Eurostar, um dos serviços que compõem os transportes do Canal da Mancha (English Channel) da qual falamos no post anterior.

Trem e320 da cia.
Destinado ao transporte de passageiros, o Eurostar é um trem que liga Londres a Paris, Bruxelas ou Lille em uma velocidade de até 300Km/h. Conforto, praticidade, economia e rapidez são os grandes diferenciais de tomar um trem na Europa. Este é o meio mais eficiente, uma vez que as estações de trem ficam bem no centros da cidade, diferentemente do que acontece com os aeroportos internacionais, muitos ficam muitos distantes do centro, sendo muitas vezes necessário pegar um transfer ou táxi até o hotel do viajante.

Voltando a focar no Eurostar, antes que alguém pense que ainda assim “um avião seria muito mais eficiente e rápido”, é bom frisar que não é. Os motivos são simples, e a rota Londres-Paris será utilizada como exemplo.

Duração total da viagem:
Avião: 40 minutos (0h40)
Trem: 140 minutos (2h20)
Este é o único quesito que um viajante comum presta atenção na hora de escolher entre viajar de avião ou trem. Mas outros quesitos são super importantes, porém não levados em consideração, desgastando a viagem.

Itens a se considerar:
Em média leva-se uma hora para chegar até o aeroporto partindo do centro da cidade, acrescenta-se mais duas horas de antecedência para o check-in para voos internacionas. No desembarque, temos mais uma hora para os procedimentos de imigração e bagagens e mais uma hora para chegar até o hotel que geralmente fica no centro.
Com o trem, fica bem diferente. Com uma estação no centro, em média basta quinze minutos para chegar até o local, o check-in é de trinta minutos para o Eurostar, a imagração leva mais quinze minutos, a bagagem viaja junto com o passageiro à bordo do trem, não é necessário gastar mais tempo, sobra então o tranporte até o hotel, que provavelmente também será no centro da cidade, acréscimo de mais quinze minutos.

Tempo total:
Avião: 340 minutos (5h40)
Trem: 215 minutos (3h35)

Estação St Pancras de partida e chegada do Eurostar em Londres.

O conforto é inquestionável ao se comparar um trem com o avião. Poltronas super espaçosas e a possibilidade de acessar o seu notebook para trabalho ou lazer. Ponto também para o meio ambiente que é favorecido. Trem é meio de transporte que menos polui a natureza.

Em 2014, em seu aniversário de 20 anos, a empresa lançou seu mais novo trem “e320”. Com a frota nova, a Eurostar só cresce tendo transportado mais de 150 milhões de passageiros desde a primeira operação.

Reservas e preços

Os bilhetes em e-ticket (bilhetes eletrônicos que podem ser impressos em casa com papel sulfite comum), podem ser comprados através de um sistema internacional, não sendo necessário a compra direta na estação de trem. O site da Eurostar e da RailEurope (fornecedora exclusiva de trens no Brasil) disponibilizam os tickets, que podem ser reservados com até seis meses de antecedência. Há também seis empresas credenciadas da RailEurope no país que oferecem os bilhetes em lojas físicas. Reservando qualquer um dos trechos com antecedência é possível encontrar bons preços:

Executiva: € 375,00 (equivalente a R$ 1.560,00 no câmbio atual).
Primeira Classe: € 121,00 (equivalente a R$ 504,00 no câmbio atual).
Segunda Classe: € 65,00 (equivalente a R$ 271,00 no câmbio atual).

Bora viajar?

Te encontro na próxima viagem o/

sexta-feira, 11 de março de 2016

Nos trilhos do Eurotúnel


Uma das coisas que mais gosto de verdade nesta vida são trens. Este meio de transporte me fascina muito, afinal trabalho com isto há quase 5 anos em uma empresa de turismo. Então, ou você ama ou você odeia. Eu amo. É claro que existem os fatores que levam a isso. O gosto por trens é por causa de gostar de andar neles, saber utilizar o sistema, ter andado fora do país ou por ser um meio barato de se viajar?

Antes de mais nada, é bom deixar claro que nossa visão não se limita aos trens da CPTM, por exemplo, que são os trens do estado de São Paulo, mas sim falamos sobre os trens de diversas partes do mundo, e estes são os que me encantam de verdade. Aqui no blog falaremos sobre vários deles. Para introduzir, vamos falar sobre andar de trem entre França e Inglaterra.

Ligação entre França e Inglaterra

Se você é um craque de geografia sabe que a Inglaterra é uma espécie de Ilha, e esta nação que faz parte do Reino Unido não tem fronteira por terra com a França. Sendo assim, você me diz: “Como andar de trem então?” Este é um dos aspectos que me traz alegria ao falar de trens.

Desde 1802 já havia um desejo em construir um túnel para ligar ambos os países, mas somente muitos anos depois a ideia se concretizou e as obras começaram. De início, a ideia seria para o transporte de pessoas através de carruagens puxadas por cavalos. No meio do caminho haveria uma ilha para o abastecimento e troca de animais ou a alimentação e hidratação dos mesmos. Mas após tantos anos e com as renovações tecnológicas, obviamente o túnel não seria mais para carruagens. Após seis anos de construção, em 1994 o Eurotúnel finalmente está pronto sobre o Canal da Mancha.



Com 50,5KM de comprimento, sendo quase 38KM debaixo do mar, o túnel submerso foi utilizado para meios comerciais ainda em 1994. A duração total da travessia é de 35 minutos e vai de Follkstone (Inglaterra) até Coquelles (França). Para a construção do túnel estima-se que o valor utilizado foi de nada menos que 16 bilhões de dólares (o que equivale atualmente a um pouco mais de 50 bilhões de reais).

Maravilha do Mundo

Com todo o mérito, o Eurotúnel foi consagrado pela Sociedade Americana de Engenheiros Civis como uma das 7 maravilhas do mundo moderno. E se você não sabia da existência de túnel ferroviário debaixo do mar, surpreenda-se agora ao saber que este é atualmente só o segundo mais longo do mundo. O túnel Seikan, no Japão, possui 53Km de comprimento e uma profundidade inacreditável de 240 m, este liga as ilhas de Honshu e Hokkaido.



Sete milhões de passageiros do mundo inteiro viajam através do Eurotúnel engradecendo assim a economia de ambos os países. Atualmente, existem quatro tipos de serviços oferecidos no túnel. Um dos mais conhecidos internacionalmente, os trens da cia. Eurostar, que realiza o transporte de passageiros, é o tema de nosso próximo post.

Te espero para a próxima viagem o/

quarta-feira, 9 de março de 2016

Cabulando a aula - O Museu dos Transportes Públicos

A primeira vez que cabulei uma aula na vida foi para conhecer um museu. Sim, um museu. De fato, a ideia da turma da 6ª série do ensino fundamental não era exatamente essa. De início, o que queríamos era apenas um passeio no shopping com aquela sensação de adrenalina de pessoas erradas que não querem assistir a aula, mas assim como qualquer pessoa, as então crianças da época se sentiram atraídas pela seguinte palavra: gratuito.

Frente do museu. Entrada e saída únicas.
Foto: rotas turísticas

Não tínhamos um real sequer, mas ao ver ou escutar (não me lembro ao certo) aquela palavrinha, decidimos ir conhecer o tal museu. Passamos pela humilde catraca que contava com apenas um funcionário na recepção e livremente percorremos o local. Aquele salão enchia os olhos...para as zoeiras! Pensou que eu fosse dizer pela beleza do local ou pelas obras (carros) ali presentes? Também podemos considerar isso. Apesar de um salão pequeno, o local traz muita história para os fãs de transporte. A partir dali já pude perceber que museu não é local de coisas velhas, apesar de ter coisas velhas, ou melhor, raras e históricas. Dá para tirar um bom proveito de tudo o que se tem lá. Para mim, museu era apenas lugar para se ter um silêncio assustador e apresentar quadros chatos, mas este você pode tocar, sentir e refletir sobre todos os transportes que esta cidade já teve.

No pátio principal você pode sentir como era a cidade no século XX, há uma espécie de jardim com bancos e luminárias para receber os visitantes. É claro que na época ninguém quis desfrutar o jardim, todos quiseram subir nos bondes, gritar e correr pelo salão zoando o outro, fingir que era o maquinista e tudo mais.

Não é um passeio que você diz "hoje eu vou sair com minha família para ir ao Museu dos Transportes Públicos" mas, é um lazer que você deve incluir no seu passeio caso esteja de passagem pela zona norte da cidade. Acredito que em menos de uma hora você consiga ver boa parte do museu, se não tudo. Vai valer a pena, afinal como já dito, é gratuito.

Salão principal do museu.
Em alguns dos transportes é possível subir em cima.
Em seguida, eu e meus amigos fomos, é claro, para o shopping ao lado do local. Lembro-me que dinheiro para um pão de queijo nós tínhamos. Cada um com uma contribuição de R$ 0,25 ajudava na "vaquinha" e assim terminamos um passeio feliz que não precisou de muito para ser bom.

Museu dos Transportes Públicos Gaetano Ferolla
Av. Cruzeiro do Sul, 780 - Canindé, São Paulo - SP, 01109-100
Site: http://www.sptrans.com.br/museu/

Te encontro na próxima viagem o/

segunda-feira, 7 de março de 2016

O Artista - comunicação sem falas

O Artista” é a verdadeira prova de que comunicação
não se desenvolve apenas através de falas.
Um filme que trouxe de volta um valores vistos em filmes antigos: a possibilidade de se comunicar sem falas. É assim que podemos definir “O Artista”, um filme francês produzido em 2011 pelo diretor Michel Hazanavicius. Estrelado por Jean Dujardin que dá vida a George Valentin, um grande ator da década de 20 que faz sucesso por onde passa com seus filmes mudos, e também por Bérénice Bejo que faz o pepel de Peppy Miller, uma garota extrovertida que após cruzar seu caminho com George Valentin começa a ter uma vida de sucesso nas telonas.

O filme se passa em Hollywood no ano de 1927 e o preto e branco faz jus à época tratada. Um grande espetáculo está acontecendo, e é estranho ver uma grande quantidade de pessoas aplaudindo sem ter o respectivo som de aplauso (onde ele está?). Músicas clássicas que remetem os filmes antigos também estão inseridas durante todo o filme,cada uma simbolizando um sentimento (seja alegria, dor, tristeza, amor).

Comunicação de várias formas


Além de demonstrar que não é necessário a fala para se comunicar através do cinema mudo, o filme também trata de outras formas de comunicação: os gestos, estes representados pelo próprio cachorro do protagonista que dá um verdadeiro show de interpretação. A dança também é destaque, e ela revela em diversos momentos do filme os sentimentos de Peppy e George: seja o amor diante das tomadas das câmeras, seja a alegria diante do encerramento da obra. Encerramento este que deixou a desejar. O motivo? Simples, eles falam, e dizer isto em pleno século XXI com todos os filmes falados não é tolice, é “O Artista”. Ops, dei spoiler... desculpe.

Uma comédia romântica que envolve o drama de um ator em pleno sucesso abalado pela chegada da fala cinematográfica, uma moça que se envolve com a paixão pelo cinema e um cachorro que se comunica melhor do qualquer ser humano. Estes são os Artistas: elenco, produção, criadores e diretores! “O Artista” é a verdadeira prova de que não se comunica apenas através de falas.

Cenário famoso


O longa é francês, mas as filmagens não foram feitas na França. As locações para rodar o filme são de Los Angeles. O edifício Bradbury construído em 1893, local onde os protagonistas se encontram por acaso, já foi cenário de diversos filmes desde 1950, sendo o primeiro dentre eles “Com as horas contadas”, de Rudolph Maté. Já é considerado por muitos o Mais famoso edifício da Ficção Científica”. Com arquitetura da Neorrenascença, títulos famosos como Blade Runner (1982) e 500 dias com ela (2009) possuem cenas ambientadas no prédio.

Prêmios

Foto: Gary Hershorn / Reuters
10 indicações ao Oscar, 5 vitórias com mérito. O filme que trouxe valores antigos se destaca em uma época em que grandes blockbusters com efeitos visuais são vitoriosos a todo momento. Jean Dujardin venceu a categoria de melhor ator, e é a primeira vez que um ator francês ganha o prêmio. Diretor, Michel Hazanavicius, também levou o prêmio de sua categoria. O cãozinho Uggie levou para casa o “Coleira de Ouro”.

E aí, vamos viajar para 1927 e viver a era do cinema mudo (moderno)?
Pegue a pipoca! #partiuLosAngeles #LA #OArtista

Nos vemos na nossa próxima viagem o/

sexta-feira, 4 de março de 2016

O primeiro contato com o Exterior...

...foi um misto de emoções, se assim posso definir!

Hoje, Buenos Aires completa 190 anos como a capital da Argentina e este foi o primeiro local em que pisei meus pés fora do Brasil.

Aeroporto Internacional de Ezeiza na Argentina.

Buenos Aires, Argentina, 09 de Abril de 2014
21h30 – (EZE) Ministro Pistarini Airport

Eis que quem vos escreve desce da aeronave QR 0771, e que aeronave...
O sentimento de estar em um país diferente é o melhor que se pode ter, e ele não tem nome. Você desce e olha com todo cuidado possível para todos os lados de forma desconfiada a fim de não pagar nenhum mico, isso só ocorreu, é claro, por que eu estava sozinho nesta aventura, e o pior, não era a lazer, tinha que estar confiante para realizar o meu trabalho da melhor maneira possível.

Antes de embarcar eu estudei de norte a sul e leste a oeste tudo o que deveria fazer no aeroporto, como trocar dinheiro e como me deslocar até o hotel, afinal a língua é diferente, tem de se virar sozinho e não bastasse: eu ainda era menor de idade! Não que fosse um problema, claro, mas tudo é aprendizado.

No aeroporto

Após descer do avião, já fui direto para uma fila para passar pelos procedimentos de imigração e depois uma barreira de segurança com máquinas de raio X (aquele momento tenso que passa um filme na sua mente e você pensa em todas as coisas possíveis que você trouxe e que poderiam te prejudicar, mesmo você não sendo um bandido ou coisa do gênero). Depois de tudo isso, você finalmente chega no saguão principal e já tem o impacto de encontrar várias pessoas, e aquele misto de falas em espanhol me soou uma música alegre. Para mim é o idioma mais bonito.

Dinheiro e Táxi

Conforme os meus estudos já fui direto procurar pelo Banco de la Nación Argentina dentro do aeroporto. É um local bem escondido, pequeno e feio, não se espante, mas o serviço foi realizado. Troquei dólares (aquele momento que você parece ter poder) e peguei pesos argentinos, a moeda do país. Era tanta nota que eu me senti milionário, pois para nós brasileiros fica mais em conta mesmo.

Pesos argentinos: a moeda oficial do país.

Eu havia lido em diversos sites que táxi em Buenos Aires é muito barato e que por conta disso há muitos malandros querendo ganhar dinheiro em cima do que não existe. Por isso, ao sair do banco já fui direto para o guichê do táxi oficial do aeroporto (http://www.taxiezeiza.com.ar) e como eu havia lido em meus estudos, no saguão há muitas pessoas “espertas”, simpáticas e inclusive bem vestidas oferendo táxis, é claro que não quis arriscar, passei reto.

Guichê dos taxis oficiais do aeroporto de Ezeiza.
Nome dos usuários que fizeram reserva previamente ficam expostos para fácil localização.

Chegando ao guichê do taxi Ezeiza, o momento mais emocionante de todas as viagens da vida até então... ~~Uma placa com meu nome bem grande~~ ok, para muitos deve ser a coisa mais natural do universo, mas para mim em uma primeira viagem sozinho foi especial, por que eu pensava que isso era coisa de filme, ou seja, só acontecem em filmes, mas estava acontecendo comigo. É claro, eu havia feito reserva no site, mas não esperava encontrar meu nome lá visível para quem quisesse ver. Falei com a recepcionista e ela prontamente localizou minha reserva e ligou para o taxista. Ele veio até o guichê para me levar até o táxi. Ainda no guichê, me ofereceram pagamento em reais, mas no, voy a pagar en pesos argentinos.


Continua...

quarta-feira, 2 de março de 2016

Titanic - Vamos Viajar?


No último domingo tivemos a aclamada cerimônia do Oscar, o maior prêmio do cinema mundial. Chama o fato da categoria de “Melhor Ator” estar como a mais aguardada pelo público, uma vez que em geral é a de “Melhor Filme”. Isso é explicado por que Leonardo Di Caprio concorria ao prêmio, e o veterano ator nunca havia ganhado uma estatueta sequer, mesmo já concorrendo outras quatro vezes (1994, 2005, 2007 e mais recentemente em 2014 com o filme “O lobo de Wall Street”). Com o filme “O regresso”, o ator mundialmente conhecido pelo filme “Titanic” de 1997, ganha finalmente seu merecido prêmio. Deixando de lado o prêmio de DiCaprio, vamos falar hoje sobre o filme que o consagrou, ou melhor, sobre a rota que o transatlântico percorreu.

Southampton: Um local pra contar história



10 de Abril de 1912 - eis a data em que o Titanic parte de Southampton no sul da Inglaterra rumo a Nova York nos Estados Unidos. No caminho o navio ainda passa em Cherbourg-Octeville na França e em Queenstown na Irlanda para o embarque de mais passageiros. Ao todo, um pouco mais de 2.200 pessoas embarcavam para a América.
O Titanic foi construído em Belfast na Irlanda e registrado no porto de Liverpool na Inglaterra. Em seguida foi deslocado para a cidade em que fez sua viagem inaugural: Southampton. A cidade que mais sentiu o desastre por conta das várias mortes de seus habitantes hoje abriga o Sea City Museum, local onde os visitantes vão descobrir quantas pessoas trabalharam a bordo e a enorme variedade de postos de trabalho da tripulação realizado. O público poderá experimentar as vistas e sons de Southampton em 1912 e conhecer detalhes de todo o histórico do Titanic. Segundo o site do local, http://seacitymuseum.co.uk/, para explorar o museu o visitante deve disponibilizar entre duas e três horas do dia. Os tickets para visitar o local custam a partir de € 6,50 (equivalente a R$ 30) e está aberto em todos os dias da semana das 10h às 17h no centro da cidade.

Após visitar o museu que tal embarcar para Nova York? (medo não?) mas o trajeto agora pode ser feito via áerea, a passagem custa a partir de R$ 1.200,00 segundo o Rome2Rio. Quem pensa que o Titanic está agora apenas no passado após os filmes, livros e o museu de Southampton está muito enganado. Em 2018 teremos o Titanic II.

Titanic II

É isso mesmo, e não estamos falando de um novo filme, reportagem ou qualquer outra coisa, é um novo navio mesmo. O magnata Clive Palmer em 2012, ano em que o navio completou centenário, afirmou construir uma réplica do modelo, porém com maior estabilidade. O navio ganhará os mares em 2018 em uma rota diferente da original. Operado pela empresa Blue Star Line o novo gigante fará a primeira viagem entre China e Dubai nas Arábias.
Bateu um medo ou a vontade de viajar? Dá uma segurada na emoção pois os bilhetes ainda não estão a venda. E a pergunta que não quer calar eu respondo agora, além é claro de quanto custa essa super viagem pois não se tem informações. Tem barcos salva-vidas para todos? Sim, pode embarcar tranquilamente, o novo navio tem barcos para salvar até 2,7 mil pessoas.

Vamos juntar uma grana?

Te encontro na próxima viagem o/